domingo, 25 de abril de 2010

Hoje ele quase soube;

- E você, porque desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)

- Ah. Porque eu sou tímida.

Um comentário:

  1. Ah, essas flores tão frágeis, delicadas...
    Mas porque tem espinhos que nos cravam ao chão da razão?
    Timidez ou medo? Medo... Viver com medo é viver pela metade....
    Mergulhe, ou deixr que as janelas da alma se escancarem.



    PS: Nada tema, estou bem, de verdade. O poema nasceu como diz o título, como um exercício, onde escrevo o que vem à mente. Subsconsciente manifesto? Pode até ser, mas agora, "enquanto dura esta hora" estou bem de verdade.
    Grata pelo carinho...
    Xêros

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