sábado, 31 de julho de 2010
Resposta ao "Teu corpo dorme e teu sono eu guardo."
e odeio tudo que te deixa triste.
Se o mundo com seus horários e famílias
e fábricas e latifúndios e missas
e classes sociais, dores e mais-valia
e meninas com hematomas
no lugar de sua alegria
insistir em te deixar triste,
apertando sua mente
com suas garras geladas,
teremos, então, que mudar o mundo.
Nenhum sistema que não é capaz
de abraçar com carinho o homem que amo
e acolher generosamente minha classe é digno de existir.
Está, então, decidido:
Vamos mudar o mundo,
transformá-lo de pedra em espelho
para que cada um, enfim, se reconheça.
Para que o trabalho não seja um meio de vida
para que a morte não seja o que mais a vida abriga
Para que o amor não seja uma exeção,
façamos agora uma grande e apaixonante revolução.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Código
.06/04/2010.
e cumprimentará: tudo bem?
responderei um tudo bem entre os dentes
depois que eu passar
haverá de ser tu o primeiro a olhar pra trás?
.cada um deixa as pistas que pode.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Álibi
- Veio você
Pensei em não pensar
- Tive de lembrar
Então parei e senti
Seus olhos, Rafael:
Olhos do perdão antes do pecado
da bondade sem a recompensa
da tranquilidade na discórdia
olhos que iluminam a quem penetram.
Presente de "alguém" para mim,
álibi do inferno para nós.
domingo, 25 de julho de 2010
."isso é só o fim".
os demônios
furor - veneno
o sonho
o amor
a flor
virgem - violeta
abafa
cala
retém
sofre
vai expulsa do paraíso
sem comer a maça.
As palavras andantes -
Ares marinheiros: nós, homens da costa, fomos feitos de mar, não apenas de terra. E sabemos disso muito bem, mesmo que a gente não saiba, quando vamos navegando na maré das ruas da cidade, de café em café, a através da bruma viajamos rumo ao porto ou ao naufrágio que espera por nós nesta noite. Eduardo Galeano
sábado, 24 de julho de 2010
Fita no dedo;
A gente corre pra se esconder
E se amar, se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar"
segunda-feira, 12 de julho de 2010
... Viajando! *~
sexta-feira, 9 de julho de 2010
The Cure
Cure.
Cure minhas feridas.
Cure minha sede, a secura de todo dia.
Cure.
Cure o pulmão que de nada serve.
Não esqueça o joelho sem força.
Me C U R E.
Ah, meu amor me trouxe o Cure que CURA.
Saudades em uma tarde... Regada por The Cure!!
"Pois é no não que se descobre de verdade." II
quinta-feira, 8 de julho de 2010
"Pois é no não que se descobre de verdade." I
Que me deixa sem ar, me faz chorar.
Que me deixa sozinha, mas, faz-se presente pela casa.
Diz “não” alegando querer dizer sim, rsrs.
E ele prega pela libertação do povo, como pode?!
Ele mesmo não faz o que quer.
Nem sequer sabe como me machuca.
Ah o amor.
Doce ilusão de criança, algo que poderia salvar o mundo.
Nem eu consegui salvar-me sentindo tal coisa, nem eu.
O esconderijo certo, o medo do que vem, a incerteza do real...
Ah o amor.
Não tem endereço, família, cheiro e cor, ele nem sabe medir-se, é burro.
Cego, descrente, e eu não sei mais... Só sei que é o tal do amor.
Quimeras;
achando tudo mentira,
verá sonhos invertidos:
como imagens no espelho
mostrando por antônimos
o que o outro queria ter sido.
Não brigue: a verdade mais frágil saberá dele.
Tentativa de relaxamento.
Chorar por chorar.
Chorar de alegria.
Chorar por precisar extravasar (literalmente vazar).
É meu Amor... Chorar e sorrir...
Pelo que já temos e dividimos e pelo que há de vir.
Lágrimas para regar as sementes que jogamos pelo caminho já trilhado.
Sorrisos (os mais belos) só para ti, com sua receita de vinagrete.
Chorar, só um exercício meu de limpar a retina, alma e mente...
É que você sempre desperta o que de mais belo trago dentro de mim, chorar?! - Eu choro sim, de uns tempos pra cá só de alegria e amor!
segunda-feira, 5 de julho de 2010
.Fica o dito Pelo maldito.
roubando os poucos anos que tinha
perdi a conta dos prantos
contei carneiros e os dias
e os dias nunca passavam
ou passavam e eu não via
ficava um aperto no peito
nem tudo entendia como era
mas que era bonito eu sabia.
domingo, 4 de julho de 2010
sei lá.
Para o ser amado;
essencialmente perplexo
num grande rio navega
e não encontra o mar.
Deixa o luminoso
estrada do prazer
e nos mistérios do bosque
presume estar o Ser.
Resume em verso tristonho
a linguagem do sonho
e a Via Láctea escalou.
Poeta
você veio para ter
o que jamais encontrou.
.04/07/2010.
canção, elegia
desertos e risos
sentenças, sorrisos
alegrias, gemidos
charco e chão.
Enquanto luas
crescentes, minguantes.
Mas a distância
Braços em Abraços
de gaivotas no espaço.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
01/07/2010 -
Não foi a longa noite acordada nem seu corpo há espremer o pouco ar da madrugada. Na verdade daquelas horas eu pouco posso falar. Antes de tudo, poderia narrar minha alegria ao ver você chegar com sua bolsa enorme e os sorrisos a luz do dia denunciando todo amor que não cabe em mim, poderia lembrar a bagunça na cozinha, do bolo e seu cheiro bom. ("É um péssimo cozinheiro aquele que não pode lamber os próprios dedos.") Nossa bagunça informal e formal, da ida a obra e a lotação, tudo ao seu lado é agradável e estranhamente feliz...
Ah! A madrugada. A manha e seu sorriso, o balançar na cama, o jeito, cheiro, charme e manha. Ah essa manha que tanto me encanta e convida para ouvir o som da chuva, esta que veio regar nossas sementes, o plantio de vacas e pêlos, o amor e o ódio, a vida e a morte, incertezas do futuro que fazem do nosso todo total uma aventura excitante. Ouvindo a chuva penso em como é lindo o lençol verde, como a cama foi meticulosamente elaborada e construída para o corpo que sobre ela repousa... Ah meu corpo. Meu?! Seu?! Onde perdi a linha?! Onde começamos e terminamos?! Acho que já tem mais de ti em mim do que eu tinha antes quando viva só. Ah é, a chuva. Um dia de manhã cinza que no lugar da tristeza deixa grande alegria habitar meu corpo, alma, mente e inconsciente. Volto pro seu abraço quente, volto pro seu lado, volto porque te amo e esse blog agora é para ti... Só para você saber de tudo que sinto por ti e ao te vê é verdade, é desmedido. Chuva, chuvinha... (tremelique amor, tremelique)... Chuva, chuvinha, rsrs! ... “Me dá um braço?!”.