sábado, 29 de maio de 2010

Dos relatos de ontem [ele não soube]:

... (rsrs) - Você não sabe o que foi aquele beijo. Havia em seus olhos uma multidão de estranhos que, de repente parou instantes para olhar. Empurrei os seus olhos com os meus e ouvi o silêncio dos seus pensamentos, já não sabendo se aquilo que eu pensava era meu ou se era dele porque olhar nos olhos de um estranho é se deixar espiar por estrelas. Como se aquilo que eu pensava também já fosse tarde demais, meus pensamentos sugados pelos olhos do outro. Havia naqueles olhos uma correria inútil de tampar segredos e eu soube de todos eles, não por meio de palavras, mas por meio de silêncios. Eu nunca soube decifrar silêncios, mas posso tocá-lo com a ponta dos dedos. Assim eles ficaram, os segredos daquele olhar, no canto das coisas que eu pensava e pensava, antes de aproximar os lábios. Você não sabe o que foi aquele olhar.

(eu pensei naquele dia) - "Sorrisos são pontes que se abrem no rosto para o outro poder passar". E só por conta daquele sorriso eu atravessei a distância entre o meu rosto e o dele para enconstar os meus lábios aos seus.

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