quinta-feira, 13 de maio de 2010

Na aula de balé -

Hoje fui pra aula e cansei! Mas não de dançar, foi de estar ali, poucas vezes sinto isso. Mas, foi no meio disso tudo que me deparei com uma menina que perguntava, são tantas perguntas ao mesmo tempo… Que eu fique ali deitada confortavelmente em cima do caos que estava entalado na garganta. Por horas seguidas, milênios e pangéias infinitas, as cores energias coloridas eram emanadas por eles, seres de luz. Descreviam-me pessoas, paisagens, encontros, nostalgias, instantes. Meus olhos fechados com lagrimas caindo aos litros, inundando os atropelos dos oceanos de desconcertantes histórias vividas. Para cada amor, uma cor. Variadas nuances que revelam o grau de pertencimento. Eu sorria e chorava um atropelamento de sensações magicas a fervilhar no estômago. Me disseram para eu nomear as pessoas e eu ia abrindo a alma, enxergando a luz difusa depois da névoa de êxitos e inseguranças. Eu me sentia dividida em muitos, eu me sentia única e com um mundo inteiro na palma da mão. E a cada cor nomeada e sacralizada, um universo de possibilidades ia se apossando dos desconexos efêmeros instantes de ultrapassamento.

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