sexta-feira, 21 de maio de 2010

vestindo o sobretudo da culpa;

tranque a porta com duas voltas, por favor. me deixe aqui, bem pequena, engolindo minhas feridas, já que você não pode ajudar na cicatrização. caminhe seu caminho de trilhos que nos conduzem a opostos destinos. aprisionada – por querer – a um quadrado que admite um imaginário de afetos e desejos. eu fico aqui. e outra vez, uma, duas, setecentas mil lágrimas vão rolando pele abaixo. outra vez (quantas vezes mais?!) ficarei aqui vestindo o sobretudo da culpa que não domino. não me vitimo, não é essa a questão. mas é que o polimento da paixão de conhecer o mundo e colorir minha ânima vai perdendo o verniz.
não basta suspirar. eu não sei como se faz.

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